Lá vem ele de novo, com aquela cara de quem viu borboleta azul. O vento bagunçou perpétuamente seus cabelos e seus paços são rápidos como se ele estivesse com pressa, mas nunca está.
Ele pegou o ônibus que demora muito a passar, mas que chega mais rápido em casa. Ele senta sempre na janela esquerda. Comendo uma fatia de torta de chocolate que lambusa seus dedos e sua cara de lunático.
Quem será? Queria saber seu nome e para onde vai à noite. Queria saber se ele sabe quem é. Queria que ele fosse mais como os outros, que não sorriem e não chamam atenção. Queria que a mente dele não fosse tão inquieta. Queria que ele tivesse um lugar só dele.
Mas por quê? Se eu nem sei quem ele é?
Um comentário:
É o querer saber que nos leva tão longe...
Lindo texto!
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