Eu corri para não me atrasar. Cheguei em casa e não disse uma palavra.
Havia em seus olhos alguma coisa que me dizia para recuar, mas não o fiz.
Fiz ovos mexidos para o jantar. Me deu vontade de cantar, alguma coisa como “Eu vou agora porque sempre estive aqui, não preciso de sua mão pra me dizer o caminho, com a beleza quebrada de nossos momentos, vou agora, vou sozinho, como sempre foi, sozinho”.
Eu sentia o peso do “doar-se” sem a reciprocidade necessária.
Passei parte da noite com aquilo na cabeça.
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