Talvez tenha eu diluído em água demasiadamente grande como o mar, o pouco de tinta que me restava e agora o mar perdera a cor.
Talvez tenha usado, sem querer gastar demais, apenas uma parte do pote imenso que me foi servido.
Talvez tenha tentado guardar meu pincel demais, enquanto ele queria era ser gasto.
Talvez eu sempre dê pouco do que é meu para que os outros não me vejam. E isso não é medo.
Talvez eu leve muito a sério o que ando pensando. Tão a sério que não posso me desvencilhar.
O certo é que meu pincel ainda está quase novo e eu preciso usá-lo sem me preocupar com as cerdas que ficaram secas e cairão, afinal, tudo segue dessa maneira...

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