Nãoexisteosónuncaexistiununcaexistiráosósóissosóaquilo.Nãominta,
nãodestruaosónãomastiguenãoinventenãodigaqueeleexiste.Nãoexiste
osó,nuncaexistiu,nuncaexistiráosó.

A Queda.

As estrelas caíram do céu naquela noite. Tudo parou.
Junto com as estrelas, os sonhos guardados nas caixas espalhadas pela casa toda, como em um nado sincronizado, submergiram.
Não havia também vento. Era hora do chá. Nada mais havia.
Naquela noite as vizinhas saíram das casas morrendo de calor. Seus cabelos brancos brilhavam como a Lua.
Os cachorros ladravam pelas ruas, mas não mordiam as criancinhas.
Naquela noite tudo parou e as estrelas caíram do céu.
E tudo que nós pudemos fazer foi olhá-las e choram com elas.
O que vamos fazer agora, se nem as estrelas temos mais para ohar?
Não nos olharemos mais nos olhos, até que elas voltem para a eternidade.
Não subiremos mais nas paredes.
Olhe para o etéreo agora. Quão sem graça está sem o brilho velho das novas amiga de todos os dias.
Nunca mais iremos vê-las acordar depois do Sol dormir.
Nunca mais.

Quando Esqueci de Tudo.

A rua não é vazia a essa hora. Os carros passam rapidamente. E não se podem ouvir as vozes. As vozes que me chamam...


Para o centro... Para o centro... Para o centro....

Textinho...

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Masàs vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-seabsorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para umaunificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem navida. "

(Clarice Lispector)

...Enviado a mim.

Resposta Sem Pergunta.

É como dizem por aí meus amigos imaginários:

Cenas tristes e cenários de "metrô", só são liiiiinnndííííssimos, nos filmes.

Diário.

Mais um dia na história do garotinho do moleton azul, que não usa mais o moleton faz tempo...
Acordei com alguma coisa entalada na garganta. Não era um sapo. Não sei o que era, mas era estranho.
Um música surgiu na minha mente de repente, três e meio segundos antes de eu levantar da cama, às 5 da manhã.
"Eu perco a chave de casa..." e eu comecei. fui ao banheiro com passos rápidos. A lâmpada acesa.
"Eu perco o freio..." e a primeira lágrima caiu. Eu tentei cantar. Nada saia. Eu quase não conseguia cantar, por causa do choro. "Eu ando tão triste..." e eu sentei na cadeira em frente ao banheiro e coloquei comida pra Hermione (minha gata pidona).
Eu pensei no que teria acontecido. Minha mãe não levantava. Eu pensei no pior. NÃÃÃÃO!
Só me aquietei quando ela se levantou e eu a agarrei e comecei a soluçar forte e as lágrimas caíam. Minha tia se levantou também preocupada. "O Laércio também tinha dessas coisas" ela disse.
Eu fiquei melhor e não morri, como pensei que ia. Pelo menos não até agora.

Desenhos de Criança:

O Caracol Mochileiro.

Leis da Selva


Breve História de Pedro Fanguelinha e sua Mocinha.

Pedro Fanguelinha entortava colheres e garfos para sobreviver. Na feira do domingo, colocava sobre um banquinho os talheres novos que comprava de promoção e chamava seu público para ver as maravilhas do paranormalismo. Com o poder da mente, estendia a mão e entortava os talheres rapidamente, para alegria da platéia. Qual seria seu truque?
A mocinha passando, desesperada da vida, tinha as alegrias tortas como os garfos de Pedro Fanguelinha. Perguntara a si mesma se aquele homem poderia mudar seu triste destino.
Meses depois, Fanguelinha casou-se com a mocinha desesperada e tratou de desentortar sua vida. Quando um certo dia ela, olhando no espelho percebeu e, correndo foi contar a notícia a Pedro.
-Pedro! Ficarei torta novamente!

Rufus Wainwright - Across the Universe

Vídeo bem bacaninha e, principalmente, pela presença da Dakota Fanning, porque eu adoro essa piveta, que nem é mais piveta né! 


Leis da Selva.




Cabelo


Adorei esse sitezinho de Design!

http://marketingnacozinha.com.br/

Ivan Maximov

"The Spate". Esse é o nome do vídeo que segue. Traduzindo literalmente = A Enchente (ele adora chuva já).
Esse cara é um dos melhores animadores que eu conheço. O traço é simples, 2D, criativíssimo, tem uma macabridade muuito bacana e até parece um pouco com as loucuras do Myiasaki. Sobre ele eu não sei muita coisa, porque eu nunca procuro biografia dos meus ídolos, só o trabalho deles. Só sei que ele é russo.
Aqui eu vou colocar esse vídeo The Spate e outros que eu curto demais:









Em todos os vídeos, a trilha sonora é muuito boa, e o engraçado é que em, Wind Along The Cost, Rain Down From Above, The Spate... Em vários outros, é como se tudo acontecesse no mesmo vilarejo, ali naquela vilazinha habitada por seres esquisitos. Inclusive em Rain Down From Above e Wind Along The Cost, eu percebi que ele usa alguns mesmos cenários.
Eu tô viciado nesse cara. Um dia eu "chego perto dele". Estou falando figuradamente.

Considerações Sobre a Morte.

Seguem duas pequenas histórias:


O sábio e a Morte


Era uma vez um vilarejo onde se viva de caça. Era uma vila simples, onde havia sábios, agricultores e, principalmente, caçadores. O curioso era que as caças aconteciam principalmente à noite, para que os animais não tivessem chance de fugir em seus leitos (covardes). Alguns jovens aspirantes a caçadores, por vezes, iam nessas caças para aprenderem a "arte" tão apreciada. Alguns se saiam bem e se tornavam heróis quando voltavam, outras vezes, não voltavam.
Certo dia um jovem chegou para seu pai, que era um sábio da vila e o pediu para ir a uma das caçadas. Seu pai, que optara pelo caminho da sapiência, não queria que o filho tentasse se tornar um caçador rude e, alegando que havia perigos demais na floresta, não permitiu que o filho fosse.
Naquela noite houve grande fartura de caça e os caçadores voltaram satisfeitos para casa, depois de realizarem a melhor caça de todos os tempos. Voltaram como heróis, sem nenhum morto, nenhum ferido e muita carne para abastecer a cidade.
Na casa do sábio, o filho levantou cedo para ver a volta dos caçadores. Como se sentia mal. Fora tomar café. Ainda estava escuro. Um pedaço de pão ficou preso em sua garganta e ele morreu sem ar.
Ao acordar o sábio se deparou com tal visão. Seu filho morto e arroxeado, deitado em baixo da mesa. As mão cerradas.
Lá fora a celebração da caça era alegre. Em casa o sábio se sentia o mais tolo dos tolos. Seu filho morrera como um fraco, que nem ao menos pode engolir um pedaço de pão, quando poderia ter se tornado um herói.


A morte, é como Deus. Onipresente e Onipotente. Nada escapa dela, esteja onde estiver.


O Planeta Sem Morte.


-Alguns pensavam que era utopia, mas eu descobri. Em minhas andanças pelos planetas da via láctea, encontrei um planeta cujo Deus não criara a morte.
Encontrei seres, homens e mulheres, com milhões de anos. Todos eram, por assim dizer, a imagem do sofrimento que nenhum poderia aguentar se fossem terráquios. Sua pelo quase não existia mais, embora se alimentassem bem, seus olhos já não viam, suas bocas não falavam, seus ossos eram quebradiços como uma pedra de areia, muitos tinham membros faltando, resultado das guerras. Seus cabelos caíram.
Certa vez encontrei uma cabeça no deserto. Seu corpo havia sido mutilado por membros de uma caravana terrorista (acredite, faz muito mais sentido fazer terror quando não se pode morrer, para pelo menos esquecer). Aquela cabeça foi o que mais me assustou e, naquele momento eu agradeci por poder morrer. A cabeça falava e via, sentia cheiros, mas só se movia com o movimento da areia e da chuva. Não possuía pernas, nem estômago, nem braços. Era apenas uma cabeça.
Eu a recolhi e a levei para um lugar mais alto, onde ela poderia ver a paisagem deslumbrante da natureza daquele lugar.
Aquele planeta foi o lugar mais assustador em que já estive. Era cheio de florestas perenes, mas super populoso. Me pergunto se aquilo é falta de morte ou de vida.


A morte é o maior presente, depois da vida, que Deus nos deu. Seja ele quem for, seja qual for. Não tenho medo da morte, pois não viveria sem ela.

A Coração.

O que será que nos faz continuar vivendo?
o coração bate... Porquê?
O que ocasionou a primeira batida?
Somos uma máquina que vive unicamente
para morrer.

Suuuuuper!

Essa animação do artista Ivan Maximov. Lindo visual, trilha sonora linda também, roteiro muito bom... Adorei demais!



Lembrando da indicação da "Ina Ciane"! vlw!

As Minhas São só Minhas...








Eu recuso imitações...

O Destino

Se eu acredito em destino? Eu acredito no Rio.
Veja sua água ali na nascente. Pobre água, nada sabe da vida.
Porém isso não exclui o fato que eu ela um dia, vai acabar no mar.

La Psiqué




Banana Nanica


O bichinho

Quando eu era criança, criava um bichinho que comia tempo.

Ele roeu meu despertador.

Andando Pela Cidade Sr.Com Cara de Sapo?




O Peixe de Asas



"Eu entendo a noite como um oceano

Que banha de sombras o mundo de Sol...

Além, muito além de onde quero chegar

Caindo a noite me lança no mundo...

O mundo dos mistérios da manhã,

Que sempre começa na beira do mar...


Ói, por dentro das águas há quadros e sonhos

e coisas que sonham o mundo dos vivos...

Há peixes milagrosos, peixes divinos,

Peixes que quebram a história

e a comem inteira.


Há peixes que lutam para se salvar

daqueles que caçam em mar revoltoso

E outros que devoram com gênio assombroso

as vidas que caem na beira do mar...


Ah! No peixe de asas eu quero voar

sair do oceano de tez poluída,

Cantar um galope fechando a ferida

que só cicatriza

Na beira do mar..."





A Casa

Uma casinha para abrigar os sonhos de quantas pessoas couberem em um sonho.
Tudo cabe nessa casinha.

O mundo foi criado quando foi criado o sonho.

Ótimo

Blog de música independente bem bacana que a "Ina Ciane" me indicou!:

http://www.musiqueindieegeste.blogspot.com/

Idéias Ambulantes


O Toque.

Dia desses parei pra pensar em coisas simples, muito simples que a gente nem percebe.
Acho que as coisas simples que a gente não percebe são as mais importantes, porque acontecem todos os dias e você nem lembra delas, mas quando lembra e vê que elas são lindas e você para pra prestar atenção nelas a sua vida ganha um pouco mais de luz.
Daí eu fui pensar na coisa mais banal de todas. A coisa mais simples que ninguém mais percebe, a não ser que ela incomode. Uma coisa que todos sentem, mas não sentem mais, porque se tornou tão diária.
Daí eu descobri algumas coisas que nos fazem gostar dessa coisa simples.
Experimentei agora sentir a coisa mais simples. Um toque que você sente todos os dias. Você talvez nem perceba que ele está ali a toda hora, mas, está lá de qualquer jeito.
A única coisa que você lembra dele é que esse toque esquenta ou esfria, dependendo do material que é feito.
Eu por exemplo precisei de algum tempo para perceber o quanto ele faz bem, mas de há muito tempo me apeguei a ele, como me apego a qualquer coisa que seja minha, sem saber.
Eu tentei sentir, tentei ver o que ele provocava e muitas vezes falhei, mas agora já consigo.
A coisa mais simples de se perceber.
O toque das roupas no meu corpo.

Lembranças dos Rios.

A chuva molhou toda a casa. Os passos molhados lá de fora iam marcando o corredor até a cozinha.
Aquele barulho sempre me fez bem. Eu sempre gostei de chuva.
O vento bateu nos meus cabelos quando olhei pela janela. Mais a frente, na rua molhada, um homem tirada o lixo de dentro do rio que se formara das águas das calhas.
Quando eu era criança gostava de colocar meus chinelos de borracha pra boiar naqueles rios e as seguia até bem longe. Antes as ruas tinham mais buracos aqui.
Ontem o dia foi meio nostáugico, quando a gente andou de trem e hoje a chuva me fez sentir como se fosse criança de novo.

A Borboleta de Janeiro