Nãoexisteosónuncaexistiununcaexistiráosósóissosóaquilo.Nãominta,
nãodestruaosónãomastiguenãoinventenãodigaqueeleexiste.Nãoexiste
osó,nuncaexistiu,nuncaexistiráosó.

ontem...

Por um instantezinho só, eu queria poder brincar com coisas verdadeiras...

Kas 2

Exterior

Os olhos. Eu insisto neles. São a parte mais atraentes do corpo.
Depois vêm as mãos, o pescoço, o cabelo, a estatura, a boca, o modo de se vestir, os gestos, a voz...
Peles brancas e sem vida me atraem também. Cabelos escuros e naturaiscom cortes tradicionais.
Observo as pessoas por onde passo e lembro dos detalhes. Das unhas. Gosto de unhas bonitas, nunca cumpridas e nem curtas demais.
Mas por que será que o físico nos chama tanta atenção? Será futilidade?
Não é espécie.
O fato é que,por achar tantas qualidades em NINGUÉM, acabamos com muitos amigos e poucos amantes.

Virgindade

Ninguém nunca me viu usando apenas roupas de dormir.
Ninguém nunca conseguiu respostas certas de mim.
Eu nunca cheguei tão alto quanto os meus amigos.
Ninguém, nunca me deixou cansado ou ao menos suado.
Ninguém nunca me compreende. Entender me basta.
Ninguém nunca me pagou sorvete. Porque eu gosto de pagar por mim. Mas eu já paguei sorvetes.
Nunca ninguém me viu no banho.
Nunca ninguém me fez dar certezas.
Ninguém nunca me viu usando apenas roupas de dormir.

Drama

(Esse conto é muito grande e não promete nada, mas para quem for ler, é muito bom baixar antes a música PAPERCLIPS do TRAVIS. Achei a trilha sonora perfeita para a história. Escute no final ok!)


Tudo se passa em uma pequena vila afastada da cidade, com ruas largas e casas quadradas rodeadas de quintal gramado.
Nunca havia movimentações estranhas demais, a não ser pelo grupo de arruaceiros que caminhavam pelas ruas à noite para fumar e beber.
Naquela vila as pessoas ainda guardavam velhos costumes e vestiam-se como seus avós.
Na casa de número 17 Vivia um casal e seu único filho Téu. Eles eram os Fontes. Eles nunca estavam em casa, porque trabalhavam viajando. Somente nos fins de semana voltavam e aparavam a grama e almoçavam com o filho. Na segunda pegavam as malas e saiam novamente.
O casal nunca achou que Téu fosse normal. Quando criança, Téu desenhava cavalos mortos e sem pernas, e ficava feliz com aquilo.
Quando alguém perguntava por que a felicidade ele sorria e dizia:
- eles perderam as pernas mas ganharam asas! – e sempre lhes respondiam:
-Cavalo não tem asa menino!
E assim era com os macacos, com os lagartos e até com as cobras.
Seus pais enlouqueciam com aquilo. Até que um dia sentaram Téu em uma cadeira na cozinha e disseram que nunca mais queriam ver desenhos de bichos mortos novamente naquela casa. Tiraram todos os velhos desenhos de Téu de dentro da caixa onde os guardava e os queimaram na pia.
Não adiantavam os berros e as lágrimas da criança. Nenhuma folha foi poupada.
...
Agora Davi tinha 19 anos. Idade bastante para ficar sozinho em casa. Ele sempre via TV até tarde. Adora filmes de drama, se vestia sempre com uma roupa velha cheia de buracos, raramente era visto do lado de fora, a não ser quando ia até a casa da frente brincar com sua única amiga, uma garota de 7 anos.
No número 20 moram os Richard. Eles são a família mais popular da vizinhança. Sua grama é sempre verdinha, suas roupas caras e seu modos coloniais.
Os Richard têm dois filhos. Eliza, a menor, meiga e sorridente,sempre muito simpática e acolhedora, adora seu amigo grande e brincar, como todas as crianças de sua idade.
Já Rômulo é totalmente contrário á sua boa criação. Mimado desde criança, ele se tornou um jovem bravo e vândalo. Usa sempre uma jaqueta preta de couro e um cigarro.
Rom nunca viu a cara de Téu, assim como Téu só o conhece de longe, quando ele passa de noite com seus amigos vagabundo que jogam pedras nas portas das casas.
...
Era uma manhã fria de inverno. Todos estavam trancados em suas casas com as lareiras acesas.
Téu precisa de leite. Era segunda e seus pais saião daqui a pouco em viagem.
Ele andava pela rua larga e vazia, dois quarteirões até o mercado.
Apenas um estranho vinha m sua direção, lá longo, já perto do mercado. À medida que andavam se aproximavam até que se encontraram, um de cada lado da rua. Olharam-se e examinaram-se rapidamente.
Téu sabia quem era. O filho malvado dos Richard. Mas Rômulo não conhece aqule imbecil de cachecol. “olha o andar daquele idiota...” ele pensa. E anda para casa, mas não entra. Senta-se no balanço no jardim. Como se esperasse alguma coisa.
Em seu caminho para o mercado Téu olhou três vezes para trás. Nunca o tinha visto tão de perto. Só olhava pela janela, de madrugada quando ele passava com os rockers.
“O carro dos Fontes estão fora essa manhã. Eles vão viaja de novo! Babacas!” Rômulo se balança levemente.
Téu chega não muito depois com a garrafa de leite. Abraça os pais rapidamente e espera eles saírem. Olha mais uma vez para o “gangster”, que olha de volta. Os dois viram de costas e entram em suas casas.
...
Quarta-feira. Aquele dia estava mais quente, embora o inverno mal tivesse começado. Algumas crianças brincavam do lado de fora.
Téu foi até a casa 20 para ver Eliza. Atravessou a rua, passou pelo balanço e pela grama verdinha. Subiu os degraus e tocou a campainha... tocou a campainha... tocou a campainha. Escuta a voz da Sra. Richard gritando para o filho para abrir a porta.
Téu pensa em voltar para casa, mas fica ali, imóvel à frente da porta.
Logo depois a porta se abre.é Rômulo, mas ele não está usando a jaqueta preta, nem o cigarro e nem a maquiagem preto nos olhos.parece ter acabado de sair do banho. Os cabelos molhados e um pijama listrado.
Eles param por um tempo.romulo pensa “o que esse babaca quer aqui?” e Téu “nunca pensei vê-lo assim...”
- Entra!
- É... eu vim ver Eliza.
- Entra!
Davi entra na casa. O mesmo cenário habitual. Os móveis arrumados sempre no mesmo lugar, a decoração combinando.
- sobe a escada ela ta lá. Ta doente.
‘a voz dele é bonita” pensou Téu.”gostei... dos sapatos” disse Rom para si mesmo.
...
Eliza estava gripada. Não pôde sair para brincar. Téu contou uma história para ela. Rom passava de lápara cá em frente a porta e depois se trancou em seu quarto e ligou o som em volume baixo. Tocava Travis. Téu adorava aquela música e se atrapalhou com a história.
Na hora do almoço a Sra.Richard convidou Téu para comer com eles.ele aceitou.
Naquela família todos comiam juntos. Rom desceu a escada. A mesa era farta, diferente da comida sem sal que ele cozinhava.
Os olhares se cruzavam. O Sr. E a Sra. Richard observavam os modos corretos de Téu e Rômulo achava tudo aquilo uma grande falta do que fazer. Ele usava headphones.
Mais tarde Téu foi para casa, acompanhado pelos olhos de Rom pela janela.
...
Três dias se passaram. Sábado. Nesse fim de semana os pais de Téu não vinham para casa. Ele foi à locadora e trouxe oito filmes e um pote de sorvete. Seria uma noite feliz e melancólica. Téu não era triste, apenas gostava da nostalgia avessa, da saudade do que não tinha feito e provavelmente não iria fazer.
...
Rapidamente a noite chegou. Rômulo saia com sua galera para brincar de vagabundos. Bebia e fumava sem pudor.
Téu começava a ver os filmes em seu quarto. Olhava pela janela os quatro ou cinco amigos vestidos de preto saindo da casa da frente. Rom olhava para ele.
...
No final da noite, mais ou menos 3:30, Rom voltava para casa. Sentou no balanço e viu a luz do quarto da casa 17 ligada.
Decidiu fazer ma visitinha.
Ele subiu pela calha até o telhado e observou pela janela. A TV ligada, o babaca deitado na cama rodeado de biscoitos e o pote de sorvete, quase vazio. Aquele idiota não poderia mesmo passar uma noite acordado.
Ele entrou no quarto. A tela azul do DVD olhava para a cena. Ainda estava meio tonto por causa do álcool. Resolveu deitar do outro lado da cama e ali dormiu, até a manhã.
...
8:00 o despetador chamou. A TV ligada. A tela azul. Téu olhava para o teto com preguiça de levantar. Sente a cama pesada.olha para o lado e subitamente pula dacama.
- O que você ta fazendo aqui?
- Quê? – Rom ainda não tinha acordado.
- Sai daqui agora!
- hey eu sei que você não quer que eu saia... nós somos iguais cara... você ta sozinho aqui... – o garoto provocava, se levantando da cama vagarosamente.
- Quê?! Sai da minha casa!
Rômulo agarrou Téu pelas mãos e o deitou na cama, por cima dos biscoitos. Os DVDs caíram no chão.
Téu tentava escapar. Rom o agarrava o abraçava fortemente. Téu gritava . Rom fechou sua boa com a mão.
Por um momento os dois pararam. Os olhos se encontravam. Téu começava a chorar.
Rom se aproximava vagarosamente, sem tirar os olhos dos olhos do outro. Tirou a mão que o calava e a substituiu pela própria boca.
Téu correspondia o beijo, amargo de whisky. Mas depois de alguns segundos ele mordeu forte a boca do “gangster”. O sangue começava a jorrar, mas Rom não parava. Começa a correr a boca pelo rosto do “babaca”.beija sua face, beija sua testa, beija seus olhos e seu pescoço, deixando um rastro vermelho pelo rosto de Téu.
Depois disso, Rom pegou os cabelos de Téu, virou-o de costas. Cobriu os dois com o lençol sujo de sangue e sorvete. Beija sua nuca. O agarrava pela cintura...

...

Ao meio dia, os dois acordavam depois do ocorrido. Téu levantou e fez um curativo na boca de Rom.
Deitavam e olhavam para o teto.
Rom levantou e foi para casa. Arrancou o curativo e jogou-o na grama quase morta dos Fontes.

...

Mais tarde Téu foi devolver os filmes.
Rom o encontrou na rua e deu um bilhete:
“desculpa por ontem...”
Naquele dia veio da casa dos Richard um som alto, uma música conhecida. Era Radiohead?
Téu ouvia as músicas porque gostava delas, tanto quanto o rebelde sem causada casa da frente.
“Por que ele fez aquilo?” os pensamentos vinham com a música. Téu percebia em Rom toda a tristeza que deveria sentir. Tristeza que ele escondia atrás da máscara de machão.
Os dias passaram e os fins de semana e mais um mês.
...

O Outono chegou e com ele as folhas secas. A mais linda estação do ano.
Os dias eram vermelhos. As crianças jogavam as folhas para cima. Liza se balançava em frente a sua casa, os cabelos loiros voavam.
Téu fora lá para construir montes de folhas com uma amiga.
- daqui a um mês é seu aniversário não é?
- é sim! E hoje é o do Rom! – ela disse – não quer um pedaço do bolo?
- acho melhor não...
-Por que não? Ele perguntou por que você não vem mais brincar comigo!
- bom...
- Entre, vamos! O bolo é de ameixa, está uma delícia!
A garotinha tinha o dom da persuasão. Téu entrou na casa. O Senhor e a Senhora Richard o cumprimentaram. Eles sentavam no sofá e tomavam conhaque.
- Mamãe, vou dar um pedaço de bolo para o D!
- Tudo bem querida!
- vamos lá!
A menina pegou a mão de T e o puxou até a cozinha.
-olá! – Disse Rom, que estava pegando cervejas na geladeira e virou de repente.
- oi
- Não vai me parabenizar?
- Ah! Parabéns! – Téu acenou.
Rom correu para o quarto e voltou logo em seguida. Tinha um bilhete nas mãos.
“eu posso passar mais tarde para pegar meu presente?”
Téu sorriu.

...

Mais tarde Rom foi à casa 17. Abraçou Téu mais forte que da primeira vez.
- Posso dormir aqui?
Téu assentiu com a cabeça. Os dois conversaram a noite toda. Sobre música e cinema. Mas quando Téu começou com os porquês, Rom virou para o lado e dormiu.
...

E assim passou um ano. Rom não ia mais à casa 17. Davi quase não via sua pequena amiga. Ele não entendia o motivo da abstinência.
Um novo morador veio para a rua. Ele tinha a mesma idade de Téu, agora com 20. Os dois conversavam. Eram bem parecidos e às vezes viam filmes juntos.
Rom agora andava para cima e para baixo com uma nova namorada. Téu os olhava pela janela e se perguntava pelas razões daquilo. Rom era uma pessoa difícil de se entender. Ele olhava para a janela também, de rabo de olho, quando passavam pela 17.

...

Dezembro, véspera de Natal. Téu arrumou a mesa para si mesmo. Como sempre, alugou filmes.
Antes da ceia o novo amigo, Marling, veio para sua casa desejar feliz natal. Eles sentaram e comeram rabanadas. O relógio tocou a meia-noite. Eles se abraçaram.
Naquele exato momento, Romulo tinha saído correndo de casa correndo para falar com Téu. Abriu a porta e viu os dois ali, abraçados.
- o que é isso?
- Isso quê?
- Sínico!
- Como?...
Rom agarrou Marling e deu três socos em seu rosto. O garoto branquelo caiu no chão.
O bad boy olhava para T, ali imóvel.
- Então é isso?
- Eu não te entendo Rom...
- é seu novo namoradinho é?
- Ele é meu amigo... Eu não saio com garotos!
- Não? E eu hein?
- Eu nunca soube o que aconteceu aqui Rom...
- Ok, se é assim então...
- E você... hein? Você não tem uma namorada?
- Não! Não tenho mais seu idiota!Mas não se preocupe... – Rom chorava como uma criança. Téu o abraçou. Ele recusou. Davi tentou novamente. Eles ficaram ali agarrados por um bom tempo.
- Você não vai mais me ver OK! – disse Rom

...

Durante toda a noite Téu observou o movimento no quarto da frente. Tentou mandar sinais de luz com uma lanterna, mas nada...
A namorada de Rom passou por sua casa com os olhos molhados e a maquiagem borrada.

...

Na manhã seguinte um tumulto reuniu os vizinhos em frente à 20.
A família chorava. Eliza estava desesperada. Téu correu até lá.
- Foi tudo culpa sua! – a garotinha gritava repetidamente, batendo em sua barriga – Foi culpa sua! Culpa sua!
O Senhor e a Senhora Richard estavam desamparados, mas não culpavam Téu.
Ele subiu até o quarto de Rômulo. Ele estava deitado na cama. Os CDs jogados no chão, cigarros e garrafas de whisky. O som estava ligado no repeat e ainda tocava aquela música. Travis. Do lado esquerdo uma seringa, uma caneta e um bilhete.
Téu apanhou o papel.sentou na cama e olhou pela última vez os olhos, agora sem vida. As mãos brancas. Na boca ainda a cicatriz da mordida da primeira vez.
...

À noite, Téu olhou seu quarto. Por que? Ele não tinha culpa... por uma vez se via como num filme de drama como os que assistia. Entendeu que os porquês não faziam nenhum sentido. Ele poderia apenas ter vivido. Sentou na cama e pegou o bilhete:
“Você não tinha que falar nada. Não quis me dar o que eu te pedi... eu te pedi tão pouco. Eu queria deitar com você, sem perguntas.
Por que você não me entendeu?
Eu só precisava disso...
Eu gostava de você

T.”

Fim de Turno

Eu vou sentir falta desses meses... Foram tão bons.
Sentirei falta das pessoas, das tardes engraçadas, dos docinhos...
Eu também sei que o segundo semestre do ano é sempre mais triste... E a tristeza sempre dói mais após uma grande alegria.
E mesmo que eu continue indo, todas as tardes, para o mesmo lugar... não vai ser a mesma coisa, porque estarei só.
Quanto será que vale tudo isso? Não sei, porque não sou daqueles que gostam de medir as coisas, mas se tenho que dar números... 6 novos amigos valem mais que qualquer outra coisa....

Até a semana que vem.

Rápidas e sutis, suas palavras diziam aos meus ouvidos que sua vontade era apenas de olhar mais próximo de mim... E nada mais.
Enquanto andávamos até a parada de ônibus e discutíamos sobre distâncias e porquês, seu sorriso deixava de ser conquista para ser simpatia.
Sua despedida é tão linda...
Mas no final eu nem fiquei triste nem desapontado, porque tenho aprendido muito ultimamente e cada coisa que acontece, coisas como essa, é uma pequena lição que absorvo.

Kas

Eu queria poder te ligar e chamar pra vir tomar banho de mangueira ouvindo Eugene McGuinness.
Eu queria poder te chamar para viajar no final da semana, ou para dormir aqui em casa, porque tenho muita coisa pra te dizer nas páginas do cadernos, enquanto todos dormem.
Eu sonhei com você essa noite e foi horrível, porque brigávamos. E a gente brigou algumas vezes, mas acho que não foi tão sério...
Eu queria te chamar pra andar sem rumo pela parte nobre da cidade até encontrarmos o mar...
Eu não posso.
Eu tenho saudade.
Vamos sair?

Estudo Sobre a Natureza Rotativa da Vida.

Trabalhos com Photoshop

nova estação

Depois de meses de espera, enfim, parece que vão começar as chuvas...
Tudo vem na hora certa quando tem que vir, é claro... isso se chama destino, se é que ele existe... O fato é que é nele que eu creio e .
Eu sei que minhas relações comigo mesmo e com as pessoas dependem muito das estações do ano... É óbvio que aqui as estações, para mim, são demarcardas como a estação do Sol, da chuva e do vento.
Portanto, eu consigo prever algumas palavras mais interessantes para publicar. Algumas experiências mais interessantes para viver e algumas pessoas mais interessantes para conhecer!
Hoje o céu amanheceu nublado e isso é o bastante para mim.

02:02

As casas, sem luzes acesas, parecem corpos sem alma que habitam a cidade.
À essa hora da noite ninguém se atreve a sair e enfrentar o perigo da rua vazia.
Pelas brechas das portas as pessoas com insônia tentam enxergar o movimento, na esperança de que algo incomum aconteça, para que possam contar para toda a família no café da manhã.
- Olhe aquelas duas moças com uma criança! - Devem estar extremamente amedrontadas com o escuro e o silêncio e o vazio da rua - Corajosas...
- Veja como elas passam andando muito rápido!
Olhando do quarto andar tudo fica mais bonito, mais poético... As janelas dos outros prédios parecem sorrir para os acordados. Acendem e apagam sem parar.
Agora as pessoas estão começando a reunir seus anseios e colocá-los sem pudor em seus sonhos malucos... E eu, tento imaginar as inúmeras possibilidades que podem aparecer em suas cabeças... Quantas pessoas estão assim na mesma situação em que se encontra minha cabeça...?
Eu procuro entender a cidade, mas é sempre o inverso.
Eu nem sei direito o que quero, se é que quero alguma coisa, porque tudo parece tão bom, mas sempre falta algo para nos completar, mesmo que eu acredite na idéia de que o homem pode ser feliz sozinho... Porém não sou eu quem vai tentar...
A madrugada passa lenta e silenciosa e é disso que eu gosto nela... Sua falta de vida tão viva.
Assim como nós, vivos e tão mortos...

A Ansiosidade

Agora já está próximo... É agora ou, talvez, nunca mais.
Eu sei que vou ter medo, porque tenho medo de não, embora hipocraticamente diga para todos que não tenham, porque o não é algo com que se deve aprender a conviver.
Mas é muito difícil desvendar pessoas que não se deixam desvendar... E talvez eu mesmo seja uma dessas pessoas, porque sou muito aberto para o mundo, mas só na minha cabeça.
O que eu sei é que o destino deve ser bom para mim... e aquelas mãos bonitas podem ainda tocar meus cabelos, embaraçados pelo vento... E talvez aquele sorriso meio mongolóide sorria para mim dizendo: “Ahh, eu esqueci”* E eu responda simplesmente com um sorriso e um dar de ombros, que futuramente me causará a maior dor dos últimos meses...
Não, isso não! “Por favor” eu vou repetir para mim mesmo até terça-feira: “por favor responda carinhosamente e sugestivamente e docemente e calmamente, com seus olhinhos pequenos e fáceis!”

*explicações que não cabem aqui.

La Belle Zanca

Espetáculo Francês que vi ano passado e que verei novamente dia 26 desse mês (Junho) às 17 horas no Theatro José de Alencar.

Eu realmente gostei desses espetáculo, que é simplesmente uma marcha pela praça José de Alencar, mas me faz muito bem, além de me relembrar coisas que aconteceram na mesma época do ano, no ano passado, época em que eu estava muuito feliz, mesmo, sem nenhum motivo aparente.
Enfim, Vamos todos?!
Eu estarei lá!

Cups.

Manuscrito...




(clique na imagem para ver detalhes)

The Flame

O fogo frio da solidão e da ansiosidade, da falta de paciência e das desilusões, ainda queima meu pequeno corpo.

OCO.

A lembrança de tempos em que a intensidade dos seus sentimentos era bem mais intensa, deixa vazios no corpo e na mente.
Quizera eu voltar no tempo, só para viver as mesmas dúvidas...

La Vie.

A vida não é uma caixinha de surpresas, é uma caixinha de música!!!!!!

Opostos.

Entre a cruz e a espada,
Entre o branco e o preto,
Entre a luz e o breu,
Entre o belo e o feio,
Entre o ir e o ficar,
o amor e o amar.
Entre o ter e o ser,
Entre o medo e o prazer,
o dar e o receber.
Entre o certo e o errado.
Entre o azar e a sorte,
Entre a vida e a morte.

Entre mim e você.

Entre mim e eu mesmo.

Entre em mim e escolha.

Vazio.

O que fazer se não sinto dor?
Se não tenho perguntas a fazer e nem sonhos para desvendar?
O que fazer se meus prazeres são sempre os mesmos e os lugares em que ando estão tão apagados por memórias antigas, que não me trazem mais alegria ou qualquer outro sentimento do tipo?
O que tenho para dizer para meus cúmplices, se não cometi nenhum crime?
O que faço para me iludir se já aprendi que não devo?
O que tenho a perder, se não tenho nada ganho e o que tenho, ninguém pode tirar de mim?
Porque tenho que escrever coisas bonitas, se não quero?
E quanto mais as horas passam, menos razões tenho...
E as crises que vinham antes tão fortes, nunca mais me fizeram perguntas...
E a chuva que antes me fazia pensar, hoje nem chove mais...
E os antigos amores, que nem eram amores, hoje nem existem mais...
E os antigos amigos, que eram amigos, agora não os vejo mais...
Mas não sinto dor... Não sinto nada...

Postes

Esperar uma hora nos bosques da UFC me fez fazer isso!



No final eu achei bem divertido, já consige desenhar postes como esse sem precisar observar... ^^

Meu Celular

Insônia

Havia um buraco a ser preenchido.
Havia um nome a ser chamado.
Havia um pedaço a ser comido.
Havia um pasto a ser devorado...

Pelos cabritos que rodeiam a imaginação dos que não dormem.

Roupa

Chá?

Trabalhos com Photoshop.

A Ociosidade...

Faz a pessoa fazer tais coisas...


(Meu cabelo... Você não sabe o quanto eu me desdobrei pra scanear isso...)

If I was a Clown



I'd laugh at my own problems.
As I'm not a clown...
I just get them over!

Pela Madrugada!

Tenho me sentido uma coruja. Passo a noite acordado tentando espremer alguma coisa da minha cabeça de laranja...



Mas como não sou coruja ainda, não durmo durante o dia. E acabo virando um panda!

Meu Amuleto


Percebi que ele me traz um pouquinho assim de sorte sabe...

Papel Gasto

Eu guardo na minha caixa até as folhas usadas de papel.




Elas fazem parte da minha história...

Pincel

O mês passa rápido como seca a aquarela. Emoções misturadas apegam-se a meus dias. Como quero passara as horas para ver o que acontece depois disso tudo. Como quero pintar em uma tela tudo que preciso para ser feliz, mais do que sou, e olhar tudo se transformar em realidade sem graça.
Talvez tenha eu diluído em água demasiadamente grande como o mar, o pouco de tinta que me restava e agora o mar perdera a cor.
Talvez tenha usado, sem querer gastar demais, apenas uma parte do pote imenso que me foi servido.
Talvez tenha tentado guardar meu pincel demais, enquanto ele queria era ser gasto.
Talvez eu sempre dê pouco do que é meu para que os outros não me vejam. E isso não é medo.
Talvez eu leve muito a sério o que ando pensando. Tão a sério que não posso me desvencilhar.
O certo é que meu pincel ainda está quase novo e eu preciso usá-lo sem me preocupar com as cerdas que ficaram secas e cairão, afinal, tudo segue dessa maneira...

Vintage...



(Clique na imagem para ver detalhes!)

Limites

Meus limites não são meus. Eu não os aceito. Eu não os emponho.
Meus limites são os outros que me dizem.
As maioridades, as autoridades.
My Fucking limiter Dad, and his fucking limited mind!

O Tunel e O Lençol Invisível

Me diga o que te faz querer sumir...
Vamos juntar nossas razões...
Esse é um direito que temos não é? Sumir...
Nunca mais lembrarão meu nome então...
E se for muito arriscado? E se pegarmos doenças?
Mas nós podemos nos proteger com lençóis transparentes para vermos o caminho,
fora do perido fatal dos montros da escuridão quente dos corpos...
Então... O que ainda esperas?
Espero pelo transporte vermelho que me elevará até o patamar mais alto, onde pegaremos o trem, que passa pelo tunel...
Ainda poderemos sentir o que sentimos aqui?
Não, nossas sensações serão alteradas bruscamente quando sumirmos e enquanto estivermos sumidos...
E quando voltaremos?
No final do tunel, existe uma estrada cheia de pedras, onde teremos que nos movimentar... Depois que essa estrada passar estaremos felizes por ter conseguido, e aí será o fim...
Será que devo?
Por que não? Sumir é o que todos querem... É o que todos buscam, homens e mulheres.
Então, espere que eu tome banho e vista uma roupa decente...


Para sumir não se precisa de roupas meu amorzinho...

Rato...



Sem mais descrições

Mar e Farol

Também levemente inspirado na obra de Ivan Maximov. Os traços simples, as criaturas meio macabras, embora estejam tão pequenas que nem dê pra ver, enfim...


Faz tempo que tenho esse desenho lá em casa... Agora resolvi por aqui... Também porque o scanner da impressora é pequeno, mas agora já tenho um scanner, scanner mesmo, daí coube o papel,que na verdade é um envelope daqueles grandes de papel madeira.

Estou Esgotando Todas as Minhas Cotas

Passando horas alugadas em locais públicos...



Não ter internet em casa é um pesadelo!

Desabafo # 54198409

Infelizmente estou perdendo a capacidade de criar contos que contem as minhas experiências por tabela...
Ou estou em crise criativa, ou vivendo poucas experiências...
O fato é que, não consigo fazer nada, além de auto-descrição.
Não espere mais que isso.

Síntese

Se eu pudesse juntar todas as minhas letras e sentidos e colocá-los em uma caixa, assim como faço com as tintas e os pincéis, talvez sintetizasse tudo em apenas uma razão:

O-Amor-ao-Próprio-Amor-Próprio...

Minha Mão!


Nha, depois que eu ganhei um Scanner eu tô digitalizando tudo que é imagem! haha

Ovo Rosa


Esse é o mais recente que eu fiz... Achei bonitenho!

Ovo Nerd


Esse é um dos meus preferidos!

Expeiências...

Então eu tinha alguns ovos, mas isso já faz um tempo. Acho que eles quebraram, ou coisa parecida.
Daí, dia desses eu resolvi recomeçar...

Primeiro foi esse:


Eu fiz até um bonequinho com massa de modelar e usei ele como cabeça.


Depois vêm os outros...

Note Book.

Meu antigo livro de anotações...



Eu sempre escrevia nele, mas agora é só uma lembrança, já que acabaram as folhas limpas...



E sempre guardava coisas, principalmente folhas e flores, já que tenho uma mini coleção. Além do que serviam como recordações dos lugares onde as achei ou de pessoas de quem ganhei.




Hoje elas estão todas guardadas na minha gavetas de cacarecos e documentos, juntas ao caderninho...
Era bom escrever nele. Era um lugar certo. Agora escrevo em qualquer folha que encontro pela casa. Isso não tem muita graça...


*Clique nas imagens para ver detalhes e ler o que tem escrito...