Nãoexisteosónuncaexistiununcaexistiráosósóissosóaquilo.Nãominta,
nãodestruaosónãomastiguenãoinventenãodigaqueeleexiste.Nãoexiste
osó,nuncaexistiu,nuncaexistiráosó.

Da infância até aqui, tudo pode ser apagado:

É como brincadeira de criança, um iô-iô, que vai e volta
com meu tédio, meu ócio, minha dor, ou sei lá o quê que me faz sentir assim.
Não tem hora certa, não tem clima e nem data,
só vem... sem que eu solicite.
As alavancas certas são certas palavras, certos atos pequenos que ativam lembranças e vontade,
que me matam,
me aniquilam.
Como brincadeira de criança, como iô-iô, que sobe e desce, mas não desprende do dedo,
a corda não desprende do dedo, a corda não sai.
É difícil realizar qualquer manobra com meu brinquedo sombrio,
ora porque é muito pesado! Pesado demais para que uma criança
como eu, como os que foram eu, como os que serei,
muito difícil para que eles carreguem.
Dois não ajuda não... Nem adianta.
Dois talvez até piore.
O iô-iô do sentimento fragilmente abalado do ser o que não se sabe ser e querer ser o que não se pode. O iô-iô de querer voltar para o início, para quando a folha ainda estava limpa, quando a história era só ideia.
O iô-iô de quando estou só, mesmo rodeado pelos outros brinquedos.

Nenhum comentário: