Nãoexisteosónuncaexistiununcaexistiráosósóissosóaquilo.Nãominta,
nãodestruaosónãomastiguenãoinventenãodigaqueeleexiste.Nãoexiste
osó,nuncaexistiu,nuncaexistiráosó.

O Agente Passivo.

Em uma relação como essa, duas ou mais pessoas estão envolvidas.
Estou falando do carinho na nuca.
Não importa o grau de intimidade dos relacionados, o importante é o ato em si.

Temos aqui um agente, o que dá o carinho e o passivo, o que recebe, obviamente.

Os dedos se enrolam tentando achar o gesto mais confortável ao outro. A cabeça deita-se no colo. Os dois têm a mente limpinha.
Com as unhas se acaricia a ponta das orelhas. Com a ponta dos dedos pucha-se de leve os cabelo curtinhos.

Ao passivo fica o prazer de mãos tão quentes e suaves em sua cabeça pesada. O sono que chega de repente e o travesseiro das pernas macias tão receptivas. Dorme-se calmamente.

Já ao agente, sobra o belo trabalho de deitar o passivo no sofá, sem que ele acorde. E depois, sentando em frente àquela visão tão apreciável, resta o conforto simples e a adorável sensação de ter proporcionado um sorriso lindo no rosto calmo daquele que dorme.

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