Nãoexisteosónuncaexistiununcaexistiráosósóissosóaquilo.Nãominta,
nãodestruaosónãomastiguenãoinventenãodigaqueeleexiste.Nãoexiste
osó,nuncaexistiu,nuncaexistiráosó.

Irônico.

João não queria mais tentar entender o que ninguém entende. Porque estavam todos ali agindo como se fossem muito fortes?

Ao andar pela rua sentia que seus olhos haviam secado.

Quem era João? O que ele estava fazendo com sua vida?

Ele vivia?

João sentava na parte mais alta que encontrava na cidade, podia ser um telhado, ou uma varanda. Olhava os carros passarem.

Pensava em quanta gente havia ali e em quantas, praticamente todas, eram tão diferentes dele.

Ele pensou em tirar a vida, mas não faria sentido. "ora vou até o final disso para ve rno que vai dar".

Seu maior medo era de virar um depressivo, porque de certa forma estava se transformando em tudo aquilo que criticava.

Ficou de recuperação na escola, por sempre dizer que ninguém precisava dela.

Nunca gostou de empregos formais, mas não havia quase nada de que precisasse tanto.

Odiava o álcool e os cigarros. Agora bebia e fumava, não muito, mas o bastante para se dizer que sim.

E sempre criticou os depressivos. Os achava fracos, porque não sabiam lidar com seus problemas.

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