Nãoexisteosónuncaexistiununcaexistiráosósóissosóaquilo.Nãominta,
nãodestruaosónãomastiguenãoinventenãodigaqueeleexiste.Nãoexiste
osó,nuncaexistiu,nuncaexistiráosó.
Vento frio no rosto aveludado e rosado de minhas pétalas novas.
Arrancada do pé, sem destino, caio na correnteza de um rio único, onde for alguma tem chegado.
A água é gelada, a cor é bonita, mas não há ninguém.
Eu era uma flor que ficava no galho mais alto da árvore, de onde podia observar todas as outras e, para mim, aquela era a maior diversão e inspiração. Mas eu não precisava delas.
Nunca soube porque as outras flores se divertiam de forma tão banal e efêmera, mas eu sempre quis mais.
Agora o rio... a correnteza...
me leva para longe desse mundinho de flores azedas.
Entrego meu corpo.
Despetalo-me.

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